O Dente-de-leão é uma planta herbácea com nome científico Taraxacum officinale pertencente à família Asteraceae. Essa erva de sabor amargo possui folhas sem pelos, de 15 a 25 cm de comprimento e 1 a 10 cm de largura, e é rica em vitaminas e minerais, particularmente rica em vitamina A, B, C, ferro e potássio. Sua raiz possui uma alta concentração de inulina.
Tanto a raiz quanto a erva são amplamente utilizadas para o tratamento de várias doenças e para aumentar a resposta imunológica. Essa planta, portanto, possui ação antibactericida, anti-inflamatória, antiviral, antifúngica, hepatoprotetora, diurética e antidiabética. Nesse contexto, conheça 5 benefícios do dente-de-leão na saúde humana!
1.Auxilia no tratamento da diabetes.
Uma série de efeitos antidiabéticos podem ser observados nos componentes bioativos presentes no dente-de-leão, como nos sesquiterpenolactonas, fitoesteróis, fenóis, flavonóides e ácidos fenólicos. Suas ações envolvem a interação com o metabolismo lipídico, metabolismo da glicose, metabolismo das proteínas e na disfunção das células α e β. Esses mecanismos são:
Inibição da reabsorção renal de glicose.
Redução da atividade das enzimas α-amilase, β-galactosidase e α-glucosidase
Redução do açúcar no sangue, que estimula glicólise e glicogênese hepática.
Inibição do fluxo do canal de potássio.
2.Possui propriedade antioxidante
O excesso da produção de espécies reativas de oxigênios (EROs) exige uma defesa antioxidante por parte do indivíduo. Esse efeito é obtido através do dente de leão, rico em flavonóide e ácido ascórbico.
Os extratos da folha do dente-de-leão e a raiz são doadores de hidrogênio, o que inibe a formação de EROs e elimina os radicais livres. Além disso, suas folhas e flores são ricas em 7- O -glucósido, luteolin-7-diglicosídeos e luteolina, que junto com os flavonóides são usados para proteger o organismo contra os efeitos fisiopatológicos dos radicais livres.
3.Auxilia na digestão
A raíz do dente-de-leão também possui efeitos coleréticos. Isso ocorre devido as lactonas sesquiterpênicas que estimulam o fígado a secretar bile, facilitando seu fluxo para o duodeno. Outra ação envolve o aumento da secreção de suco gástrico. Ambas situações irão auxiliar no processo digestivo.
4.Possui efeito hepatoprotetor
As doenças hepáticas, como hepatite viral e esteatose hepática alcoólica e não alcoólica, possuem como característica comum o estresse oxidativo, por gerar uma série de processos deletérios no fígado. Por outro lado, o Taraxacum officinale tem um efeito hepatoprotetor por modular as respostas inflamatórias e melhorar o estresse oxidativo. Essas ações envolve:
Reversão da depleção de glutationa
Regulação do fator nuclear-kB
Aumento da expressão de mediadores inflamatórios regulatórios como, óxido nítrico-sintase induzida, cicloxigenase, fator de necrose tumoral-α e interleucina-1-α.
5. Auxilia na prevenção e no tratamento de doenças cardiovasculares
O estresse oxidativo tem o potencial de danificar proteínas e lipídeos presentes no sistema hemostático (plasma e plaquetas), resultando em distúrbios da homeostasia, contribuindo assim para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Por sua vez, os compostos naturais contidos do dente-de-leão possuem propriedades antioxidantes e anticoagulantes.
Nesse contexto, os compostos flavonóides presentes nessa planta irão proteger a célula desse estresse. Na função anticoagulante, preparações com dente de leão serão capazes de modular a atividade da trombina, enzima vital na hemostasia e no processo de coagulação sanguínea.
Como usar o dente-de-leão?
A planta pode ser preparada por meio de chás, tinturas e suco, além de poder ser consumida como salada. Formulações prontas também estão disponíveis em farmácias. Veja abaixo como preparar o chá de dente de leão:
Ingredientes
1 colher (de sopa) da folha de dente-de-leão
200 mL de água fervente
Modo de preparo: Basta juntar água fervente com a folha e deixar descansar por um período de 10 minutos. Após esse tempo é só coar e tomar até 3x ao dia.
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Referências: JEDREJEK, Dariusz et al. Comparative phytochemical, cytotoxicity, antioxidant and haemostatic studies of Taraxacum officinale root preparations. Food And Chemical Toxicology, [S.L.], v. 126, p. 233-247, abr. 2019. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.fct.2019.02.017.
LIS, Bernadetta et al. Pro-health activity of dandelion (Taraxacum officinale L.) and its food products – history and present. Journal Of Functional Foods, [S.L.], v. 59, p. 40-48, ago. 2019. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.jff.2019.05.012.