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Foto do escritorKarina Al Assal

Como diagnosticar disbiose intestinal?



Disbiose: O que é?

A disbiose é caracterizada pelo desequilíbrio dos microrganismos presentes no organismo. A saúde da microbiota está associada à quantidade e a qualidade da composição dos microrganismos capazes de conferir benefícios ao hospedeiro.


  • Disbiose quantitativa: É caracterizada pelo aumento de um determinado grupo de bactérias, sejam elas boas ou ruins, caracterizando um desequilíbrio quantitativo.

  • Disbiose qualitativa: É caracterizada pela menor variedade de microrganismos que conferem benefícios ao organismo.


Há evidências crescentes de que a disbiose da microbiota intestinal está associada à patogênese de distúrbios intestinais e extra-intestinais. Distúrbios intestinais incluem doença inflamatória intestinal, síndrome do intestino irritável (SII) e doença celíaca, enquanto distúrbios extra-intestinais incluem alergia, asma, síndrome metabólica, doença cardiovascular e obesidade.


Diante disso, o diagnóstico da disbiose faz-se fundamental para que as devidas condutas sejam adotadas a fim de minimizar os impactos causados por esta condição.


Causas

A má digestão, promove resíduos alimentares no intestino, com isso as bactérias nele presentes passam a fermentar de maneira excessiva e consequentemente acarretam o desequilíbrio dos microrganismos no intestino.


A mastigação deficiente, saúde oral inadequada, estresse, alimentação desequilibrada, estresse, via de parto, consumo de álcool, intolerâncias alimentares, uso de medicamentos e comorbidades como diabetes melitus, são algumas das possíveis causas associadas à disbiose. Todas estas condições podem estar associadas com uma digestão e absorção deficiente que consequentemente promove a maior fermentação.


Anamnese

Sabendo das possíveis causas da disbiose, a investigação por meio da anamnese é fundamental. Questionamentos a respeito da via de parto, história familiar de doenças autoimunes, estresse, uso de medicamentos, inquérito alimentar detalhado, são alguns pontos importantes para o diagnóstico da disbiose intestinal.


A investigação criteriosa a respeito do tipo de alimentação do indivíduo, é importante para identificar os fatores de risco para a disbiose. Após a coleta de informações, elas devem ser analisadas criteriosamente, juntamente com todos os sinais e sintomas.


A disbiose está associada ao aparecimento de diversos sintomas, avaliar de maneira efetiva os sinais clínicos apresentados pelo paciente é crucial para o diagnóstico adequado.


A escala de Bristol, que é a classificação das fezes humanas em 7 categorias, é capaz de identificar os diferentes quadros intestinais, desde a constipação até a diarreia. Ela é uma ferramenta interessante para investigar a saúde intestinal e deve ser utilizada.


Exames

O fechamento do diagnóstico da disbiose pode ser realizado por meio de alguns exames como:

  • Cultura do líquido jejunal: Coleta do líquido jejunal para determinar o tipo e quantidade de bactérias presentes no jejuno.

  • Mapeamento do microbioma: exame de sequenciamento genético que analisa o perfil das bactérias que contribuem para a saúde do nosso intestino.

  • Coprológico: Análise de amostra fecal, capaz de detectar a presença de microorganismos patogênicos, tais como fungos, parasitas e bactérias que contribuem para várias doenças.

  • Teste de hidrogênio expirado: Pode ser realizado com lactose e glicose, avalia a expiração de hidrogênio. Se após a ingestão da lactose, por exemplo, for identificada uma elevação excessiva de hidrogênio, isto mostra um maior crescimento de microrganismos no intestino.

  • Indican: decomposição do triptofano: Coleta de amostra de urina. O indican é resultado da decomposição do triptofano intestinal, estando normalmente presente em traços na urina.


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Referências bibliográficas

Carding S, Verbeke K, Vipond DT, Corfe BM, Owen LJ. Dysbiosis of the gut microbiota in disease. Microb Ecol Health Dis. 2015;26:26191. Published 2015 Feb 2. doi:10.3402/mehd.v26.26191

Hooks KB, O'Malley MA. Dysbiosis and Its Discontents. mBio. 2017;8(5):e01492-17. Published 2017 Oct 10. doi:10.1128/mBio.01492-17

©2020 KARINA AL ASSAL - CRN 17275

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