Botanicamente, a Punica granatum, mais conhecido como romãzeira, é um arbusto pertencente à família Punicaceae, com folhas simples e caráceas, flores solitárias e frutos do tipo baga com diversas sementes envolvidas por um arilo róseo cheio de líquido adocicado.
A fruta e as sementes são consumidas in natura ou em sucos e saladas, enquanto as cascas, caule e folhas podem ser usadas para fazer chás. Os compostos bioativos presentes neste fruto (flavonóides, quercetina e ácido elágico) conferem o seus benefícios para a saúde, dentre os principais:
Proteção cardiovascular - Os polifenóis presentes possuem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, que são capazes de inibir a função plaquetária, diminuir os níveis de triglicérides e aumentar os níveis de HDL-colesterol, prevenindo algumas doenças como aterosclerose e infarto.
Atua no controle glicêmico - O potencial antioxidante melhora a função pancreática, auxiliando no controle da glicemia, além de diminuir as alterações degenerativas induzidas pela diabetes.
Propriedades odontológicas - Os componentes bioativos com propriedades antioxidantes e antimicrobianos do romã promovem a saúde oral, reduzindo o risco de gengivite e os sangramentos presentes na periodontite.
Reduz a pressão arterial - Os antioxidantes presentes auxiliam na circulação sanguínea através do relaxamento dos vasos, prevenindo o aumento da pressão arterial.
Atua no sistema imunológico - Por ser rica em vitamina C, antioxidantes e conferir potencial antimicrobiano, essa fruta é capaz de inibir o crescimento de bactérias patogênicas, equilibrando a microbiota intestinal e assim fortalecendo o sistema imunológico.
Previne Alzheimer - O romã, principalmente a casca e as sementes, reduz os níveis de peroxidação lipídica e aumenta os níveis de glutationa no tecido cerebral, podendo ser eficaz em doenças como Alzheimer.
Potencial antineoplásico - O potencial antitumoral do romã pode ser explicado pela propriedade antioxidante decorrente dos flavonóides e taninos presentes, diminuindo ou até mesmo inibindo a proliferação de células cancerígenas.
Auxilia no tratamento da diarréia - Ao aumentar a absorção de água e diminuir os movimentos peristálticos, os taninos presentes na casca e no caule conferem uma importante propriedade no tratamento da diarréia.
Aumento de Akkermansia muchinifila - A AKK é uma bactéria importante por estimular a produção de muco na camada mucóide. Essa função diminui a permeabilidade intestinal, atuando assim na diminuição da inflamação, do ganho de peso, da resistência à insulina e na síndrome do intestino irritável. Os compostos antioxidantes presentes no romã, como o resveratrol, impactam na composição da microbiota intestinal, aumentando as concentrações de Akkermansia.
Receita do chá de romã
É possível utilizar tanto a casca quanto o caule, as folhas e as flores de romã. Para fazer o chá basta ferver 1 xícara de água e adicionar 10 g da casca da fruta , deixando descansar por 10 a 15 minutos.
Referências:
Degaspari, Cláudia Helena, e Ana Paula Chaves Dutra. “PROPRIEDADES FITOTERÁPICAS DA ROMÃ (Punica granatum L.)”. Visão Acadêmica , vol. 12, n o 1, 2011. revistas.ufpr.br , https://revistas.ufpr.br/academica/article/view/27237.
SHAYGANNIA, Erfaneh et al. A Review Study on Punica granatum L. J Evid Based Complementary Altern Med. Vol.21(3). 221-227, 2016
VUCIC, Vesna et al. Composition and Potential Health Benefits of Pomegranate: A Review. Current Pharmaceutical Design. Vol.25. 16.ed; 1817-1827, 2019