O câncer de mama é o câncer mais comum entre mulheres, que causa em média 40 mil mortes por ano. Alguns fatores de risco para seu desenvolvimento são dieta, álcool, radiação, hormônios associados à puberdade, gravidez e menopausa, além do uso de contraceptivos e terapias de reposição, além de sobrepeso e obesidade. Neste post, vamos aprender mais sobre outro fator de risco, a relação entre a microbiota intestinal e o câncer de mama.
Pesquisas realizadas em microbiota intestinal de pacientes com câncer de mama encontraram diferenças em quantidades de Bifidobacterium e Blautia, a relação entre Faecalibacterium e Blautia em estágios do câncer. Foi descoberto também em determinado estudo que pacientes com sobrepeso e obesidade tinham menor quantidade de Firmicutes, Faecalibacterium prausnitzii e Blautia spp., quando comparados com pacientes eutróficos. No entanto, não é possível tirar conclusões desses estudos, por conta da variação de idade, etnia, localização, etc.
Quando se trata de alimentação e câncer, a dieta mediterrânea é a mais estudada até agora, por ser conhecida como anti inflamatória, diferente da dieta ocidental, altamente inflamatória. Uma rotina alimentar rica em ácidos graxos mono e poliinsaturados, carboidratos benéficos para o intestino, frutas, vegetais e legumes, são a chave para uma melhoria geral na saúde, menor risco de câncer e mortalidade, inclusive para o câncer de mama.
Ainda há muito a ser investigado sobre a relação da microbiota intestinal e tipos de câncer, mas sabemos que uma dieta não inflamatória pode ser a mais provável resposta para a saúde do sistema imune, e assim, a prevenção contra esses males.
Ref:
Laborda-Illanes A, Sanchez-Alcoholado L, Dominguez-Recio ME, et al. Breast and Gut Microbiota Action Mechanisms in Breast Cancer Pathogenesis and Treatment. Cancers (Basel). 2020;12(9):2465. Published 2020 Aug 31. doi:10.3390/cancers12092465