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Foto do escritorKarina Al Assal

Por que a saúde intestinal pode ajudar mulheres com SOP?


Síndrome do ovário policístico

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é um dos distúrbios endócrinos comuns de mulheres em idade reprodutiva em todo o mundo. Mulheres com SOP correm maior risco de infertilidade e complicações na gravidez. A desregulação metabólica desencadeada por esta síndrome está correlacionada com um maior fator de risco para doenças metabólicas, independentemente do índice de massa corporal (IMC).


Devido ao aumento da testosterona em pacientes com SOP, muitos sintomas tornam-se evidentes. Dentre eles é possível destacar o aumento dos pelos corporais, acne, queda de cabelo e irregularidade menstrual.


Intestino x SOP

O microbioma intestinal (intestino) é composto por uma comunidade de diversas bactérias, fungos, protozoários, e vírus, juntamente com seus metabólitos. Esta comunidade desempenha um papel importante na fisiologia do hospedeiro, incluindo imunidade, a saúde da barreira intestinal, metabolismo e funções neurológicas.


Estudos recentes forneceram evidências de que a disbiose intestinal está associada com SOP. Diante das várias alterações hormonais e metabólicas no organismo das mulheres desencadeados por esta síndrome, a microbiota intestinal pode ser comprometida. Portanto, resulta em alterações de funções fisiológicas, metabolismo glicolítico e inflamação sistêmica.


A redução dessas bactérias na SOP pode resultar em alterações na produção de ácidos graxos de cadeia curta que afetam o metabolismo, integridade da barreira e imunidades. Vários estudos relataram que mulheres com SOP, possuem uma menor diversidade de microrganismos.


A síndrome dos ovários policísticos ainda não possui uma etiologia definida, no entanto, estudos recentes correlacionam a saúde intestinal com a sua origem. Uma alimentação equilibrada é capaz de minimizar significativamente os sintomas apresentados pela mulher com a SOP. Sendo assim, é possível controlar a SOP por meio da alimentação e do estilo de vida. Estratégias nutricionais podem auxiliar na diminuição dos impactos da disbiose na SOP e mostram-se eficientes para aplicação na prática clínica.

Sabe-se que o estado inflamatório do intestino, promove constantemente a liberação de citocinas inflamatórias, que podem estar diretamente associadas com a presença da resistência à insulina em mulheres com SOP. A insulina elevada no sangue promove a síntese exacerbada de testosterona, esta alteração está envolvida com os sintomas da SOP. Diante disso, a alimentação adequada é capaz de diminuir a permeabilidade intestinal e consequentemente reduz o estado inflamatório do intestino.


O consumo de alimentos prebióticos pode favorecer a saúde intestinal. Eles têm a capacidade de aumentar o crescimento de Bifidobacterium e Lactobacillus, eles são fermentados por bactérias probióticas para produzir e produzem ácidos graxos de cadeia curta. Estudos mostram que podem se associar com a diminuição dos sintomas da SOP. Dentre eles, a diminuição da testosterona, intervalo do ciclo menstrual, glicemia de jejum e perfil liípidico.


Outra estratégia levantada na literatura é o uso de probióticos. Eles proporcionam melhorias nos parâmetros metabólicos como resultado de sua ação direta nas funções enzimáticas, efeitos antimicrobianos, anti-inflamatórios, modulação do microbiota e regulação do sistema imunológico. Estudos recentes revelaram que a suplementação de probióticos tem efeitos favoráveis no perfil metabólico em mulheres com SOP.


Agora que você conhece sobre como a dieta pode influenciar diretamente na saúde intestinal e consequentemente na SOP. Não deixe de procurar um profissional qualificado para te auxiliar com a diminuição dos sintomas da SOP.


Referências bibliográficas:

Rizk MG, Thackray VG. Intersection of Polycystic Ovary Syndrome and the Gut Microbiome. J Endocr Soc. 2020;5(2):bvaa177. Published 2020 Nov 16. doi:10.1210/jendso/bvaa177

Yurtdaş G, Akdevelioğlu Y. A New Approach to Polycystic Ovary Syndrome: The Gut Microbiota. J Am Coll Nutr. 2020;39(4):371-382. doi:10.1080/07315724.2019.1657515


©2020 KARINA AL ASSAL - CRN 17275

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